A QUÍMICA DA VIDA

O texto a seguir foi retirado do início da parte 1 do livro de Bioquímica, do Voet. Trata de uma alusão perfeita ao significado da Bioquímic...

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

ÁGUA, pH E SISTEMA TAMPÃO 

Você já ouviu falar em chuva ácida? Este termo é usado para designar uma precipitação com pH inferior a 5.5, já que o pH normal da água da chuva é em torno de 5.6. Este fenômeno ocorre quando há alta concentração de gases como o dióxido de enxofre na atmosfera, pois eles reagem com gotículas de água, formando ácidos. Mas afinal, o que é pH? é uma escala numérica usada para classificar uma solução como ácida ou básica, a partir da quantidade de hidrônios que estão dispersos em tal solução. Quanto menor, o pH, mais ácida é a solução, e quanto menor, mais básica. Veja a escala abaixo
O pH do nosso organismo reflete diretamente em nossa saúde. O sangue humano possui um pH de 7,35 a 7,45 e caso esse valor varie, vários problemas serão desencadeados, pois com um sangue mais ácido, por exemplo, a ação do sistema imunológico é diminuída. Várias doenças, como osteoporose e problemas nos rins, também têm relação com o desequilíbrio do pH. Para evitar a variação do pH, nosso corpo possui um mecanismo denominado sistema tampão. Para entender melhor o que é um sistema tampão, sugerimos que assista a esta videoaula:
Principais tampões do nosso organismo: proteínas, fosfatos, íons bicarbonato.

 Agora vamos testar os conhecimentos! 
EXERCÍCIOS 
 1) Os compostos abaixo estão relacionados em ordem crescente de acidez, diante desta dica, indique os materiais de menor e maior acidez.
2) (ESCS-DF) A tabela a seguir fornece a concentração hidrogeniônica ou hidroxiliônica a 25°C, em mol/L, de alguns produtos:
Com base nesses dados, NÃO é correto afirmar que:
a) a água do mar tem pOH = 6;
b) a água com gás tem pH maior do que a Coca-Cola e menor do que o leite de vaca;
c) a água do mar tem pH básico;
d) a clara de ovo é mais básica que o leite de vaca;
e) a clara de ovo tem maior pH do que a água do mar.

R: 1) mais ácido: vinagre
mais básico: café
2) alternativa E é falsa.

Para se divertir:  Blade Runner – O Caçador de Androides – a ficção científica produzida em 1982 se passa na cidade de Los Angeles e o local está totalmente poluído por uma chuva ácida. 
Autoras: Giovana Ribeiro e Luana Gonçalves (grupo 7) 
Postado 28/11/2019 às 19:10 

terça-feira, 26 de novembro de 2019

METABOLISMO DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO, SÍNTESE E FUNÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS DERIVADAS

METABOLISMO DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO, SÍNTESE E FUNÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS DERIVADAS

A cascata do ácido araquidônico ( 20:4 [Δ⁵ ⁸ ¹¹ ¹⁴]) é uma via metabólica do nosso organismo a qual usa o ácido araquidônico para realizar a síntese de eicosanoides, que são mediadores lipídicos caracterizados hormônios parácrinos e autócrinos de importante papel na hemostasia, termorregulação, hemorreologia, transmissão neural e na via pró-inflamatória
Os fosfolipídeos – componentes estruturais da membrana celular – são compostos na presença de uma “cabeça” polar que contém fosfato e “caudas” apolares de ácidos graxos, envolvidos na via de formação mais comum de ácido araquidônico. O ácido linoleico (linoleato) é um ácido graxo essencial encontrado em fosfolipídeos do qual deriva o ácido araquidônico (AA), pela ação da enzima fosfolipase A2 – cuja ativação da ação catalítica depende, por exemplo, de sua fosforilação. Como o AA é usado para a formação de outros eicosanóides, o estímulo gerado pela falta destes ativa isoformas da fosfolipases A2, estimulando assim o aumento da disponibilidade do produto da reação enzimática. Seguindo em sua cascata, sofre oxidação, que se divide nas vias da ciclooxigenase (COX) e da lipooxigenase (LOX).
            A ciclooxigenase ou prostaglandina H2 sintase é uma glicoproteína que, em mamíferos é encontrada nas isoformas: COX-1(ciclooxigenase-1), que é constitutiva e relacionada às atividades fisiológicas, estando presente em quase todos os tecidos; COX-2 (ciclooxigenase-2), que é induzida por certos estímulos, de grande importância em processos inflamatórios e, portanto, está presente nos locais de inflamação; e a COX-3 (ciclooxigenase-3), que é ligada à síntese da lipoxina, a qual possui efeito anti-inflamatório e é encontrada no Sistema Nervoso Central. Na via da ciclooxigenase (COX), a enzima catalisa a oxidação do ácido araquidônico para que ocorra a formação de prostanóides, ou seja, das prostaglandinas(PG), das prostaciclinas e dos tromboxanos.
As prostaglandinas são divididas entre as que são solúveis em éter – PGE- e as que são solúveis em tampão fosfato – PGF -, cada grupo contendo numerosos subtipos. Em geral, aumentam a permeabilidade capilar e a vasodilatação, estimulam a contração da musculatura lisa do útero durante a menstruação e o trabalho de parto, atuam na digestão e em processos de dor e febre. A prostaglandina G2 e a prostaglandina H2, que são as primeiras produzidas na via, são posteriormente transformadas por isomerases em prostaciclina, tromboxane A2 e em prostaglandinas D2, E2 e F2a. As prostaciclinas atuam na vasodilatação e inibição da agregação plaquetária. Os tromboxanos atuam na vasoconstrição em circulação sistêmica e vasodilatação em circulação pulmonar, sendo agentes hipertensivos e facilitadores da agregação plaquetária.
Na via da lipooxigenase, o ácido araquidônico sofre ação da lipoxigenase-5, ativada por outra enzima chamada FLAP, sendo oxidado e formando os ácidos monohidroperoxidoeicosateraenoicos (HPETEs), os ácidos hidroxieicosatetraenoicos (HETEs) e, destacadamente, os leucotrienos (LTs), cuja principal função está destinada a atividade pró-inflamatória, como a vasoconstrição e o aumento da permeabilidade vascular, bem como a broncoconstrição.
Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) – tais quais o ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e meclofenamato – inibem a ciclooxigenase ou prostaglandina H2 sintase, que catalisa um dos passos iniciais na rota do araquidonato na via COX. Ao ser inibida, o AA é direcionado à via LOX, que leva à produção de leucotrienos.


MAPA METABÓLICO



SLIDES

















REFERÊNCIAS
ALENCAR, Marilac Maria Arnaldo; ROCHA, Marcos Fábio Gadelha; PINHEIRO, Diana Célia Sousa Nunes. INFLAMAÇÃO E SUA MODULAÇÃO POR ANTINFLAMATÓRIOS NÃO ESTERÓIDES: RISCOS E BENEFÍCIOS. Ciência Animal, Fortaleza, v. 1, n. 15, p.33-41 2005.  

CANEPPELE, C.. Prostaglandinas: metabolismo e importância em animais. Porto Alegre, 2014. 

SETE, Manuela R. C.; FIGUEREDO, Carlos M. S.. PERIODONTITE E ÔMEGA 3: O PAPEL DOS ÁCIDOS GRAXOS NO PROCESSO INFLAMATÓRIO. Bjhbs, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, mar. 2013.

HILÁRIOI, Maria Odete Esteves; TERRERIII, Maria Teresa; LENI, Cláudio Arnaldo. Antiinflamatórios não-hormonais: inibidores da ciclooxigenase 2. Jornal da Pediatria. Porto Alegre, nov. 2006.  

ROSA, Bruno Lima da. USO DE AINES ASSOCIADOS À ANTILEUCOTRIENOS EM PACIENTES ASMÁTICOS:. Rio de Janeiro: Biblioteca de Medicamentos e Fitomedicamentos/ Farmanguinhos / Fiocruz - Rj, 2016.

CURIOSIDADE:

Você sabia que a cascata de reações do ácido araquidônico tem relação com a sensação de dor, ou melhor ainda, que a alteração nessa cascata é na verdade a estratégia de funcionamento dos analgésicos? É isso mesmo o que você leu! Entenda todo o conteúdo desse post e sua aplicação no nosso dia a dia com esse vídeo de TED Talk de George Zaidan. Para isso, acesse o link abaixo (não esqueça de ativar as legendas!):


Gostou do assunto? Então continue lendo sobre no artigo Aspectos fisiopatológicos da nefropatia por anti-inflamatórios não esteroidais, disponibilizado no link abaixo, e saiba como o uso a longo prazo de analgésicos podem afetar a saúde dos seus rins!


Autoras Gabriela Herman e Mylena O. Viana 
Postado dia 26 de novembro de 2019 às 17:13


Catabolismo de proteínas e ciclo da uréia



               
O pH DA ÁGUA IMPORTA?

A água é sem dúvidas uma molécula muito importante para o funcionamento do nosso organismo. Porém o pH da água ingerida é importante? A resposta é sim! A água é essencial para eliminar impurezas pelo suor, participar de reações no organismo, levar substâncias até o local de reação e inúmeras outras funções. Com esse breve vídeo vamos entender melhor sobre a água e seu pH.

https://www.youtube.com/watch?v=hKXMex6lOms&feature=emb_title

Com isso, é evidente alguns benefícios da ingestão de uma água de pH mais alto (alcalina) como: sangue sendo levemente alcalino, a hiperacidez pode causar doenças como azias e refluxos, também prejudica a calcificação dos ossos e dentes, absorção de vitaminas como podemos ler no interessante artigo: BENEFÍCIOS DA ÁGUA COM pH ALCALINO: Saúde ou doença, você decide Prof. Dr. Bernardo F. da Cruz Neto.

Já que aprendemos um pouco mais sobre a água, vamos testar nossos conhecimentos
- A água está presente em grande quantidade em nosso corpo e atua de diferentes formas em seu funcionamento. Uma das funções da água diz respeito ao controle de temperatura, que é conseguido graças à eliminação de uma substância rica em água chamada
a) saliva.
b) lágrima.
c) suor.
d) sangue.
e) sebo.

Autor: Gustavo Raab (grupo 17)

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS

AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS

Com certeza você já ouviu falar de aminoácidos e proteínas durante a sua vida, mas será que você realmente sabe que funções essas moléculas desempenham no organismo? Neste post iremos abordar as funções, estruturas, importância e até aplicação destas moléculas, para que ao final desta publicação já não restem dúvidas. Para isso, vamos primeiro definir os conceitos do que essas substâncias são.

OS AMINOÁCIDOS

Aminoácidos são as unidades monoméricas de proteínas, o que em outras palavras significa que várias junções de aminoácidos acabarão formando uma proteína. Essa molécula é caracterizada por possuir uma estrutura básica em que o carbono central, liga-se em suas duas extremidades a dois grupos funcionais: um amino (NH2) e um carboxílico (COOH), por isso o nome aminoácido. Além disso, a cadeia de diferentes aminoácidos irá se diferenciar pelo seu radical, sendo que esta diferença é o que determina a função desta importante molécula. Ainda sobre o radical, a sua presença vai determinar se os aminoácidos são polares ou apolares. Posteriormente os aminoácidos irão se unir para formar uma proteína, através das ligações peptídicas, reações covalentes entre o grupo carboxílico de um aminoácido com o grupo amino de outro. O organismo humano possui 20 aminoácidos comumente encontrado nas proteínas, subdivididos em essenciais (derivados da alimentação; são 9) e não essenciais (presentes no organismo; são 11). Segue tabela abaixo com a estrutura dos 20 aminoácidos:
                                                                                              foto retirada do site https://www.infoescola.com/bioquimica/os-20-aminoacidos-essenciais-ao-organismo/





















AS PROTEÍNAS

Como já vimos anteriormente, as proteínas são polímeros de aminoácidos, ou seja, são formadas a partir de várias junções de aminoácidos. Mas o que essas biomoléculas têm de tão importante? Continue lendo para ficar a par de tudo! Por serem muito diversificadas, as proteínas desempenham muito mais do que uma simples função, dessa maneira, elas podem ser classificadas da seguinte forma:
1) Enzimas: quando a sua função é catalisar reações químicas, ou seja, aumentar a velocidade da reação sem que participem como reagentes. Publicamos um post só sobre enzimas, corre lá pra conferir!
2) Hormônios: quando a sua função é controlar processos fisiológicos, como o crescimento, através de uma sinalização química que poderá inibir ou induzir o processo. Esses hormônios são liberados por células endócrinas, ou seja, o conteúdo da célula é liberado na corrente sanguínea. Como os hormônios podem ser provenientes de lipídeos, os que possuem natureza proteica são denominados hormônios peptídicos.
3) Transporte: o nome já fala por si só - uma proteína é classificada como transportadora quando sua função é conduzir alguma molécula no sangue e/ou linfa.
4) Estrutural: quando a sua função é participar estruturalmente de uma célula, como na composição do citoesqueleto.
5) Defesa: quando a sua função é de atuar no sistema imune, protegendo o organismo de corpos estranhos potencialmente patogênicos, como é o caso dos anticorpos.

Não é à toa que as proteínas são as moléculas orgânicas mais abundantes no organismo. Mas como uma única biomolécula pode desempenhar funções tão específicas? Como ela sabe que o papel dela é hormonal e não de transporte, por exemplo? A resposta é bem simples: através da sua estrutura molecular. A estrutura de uma proteína é essencial para determinar a sua forma e, consequentemente, sua função. Sabendo que essas biomoléculas podem ter sua forma modificada por mudanças drásticas no pH e na temperatura, é importante manter o meio em condições favoráveis para que não ocorra o processo de desnaturação, que acontece quando uma proteína tem sua estrutura danificada por mudanças no meio em que atua, perdendo, dessa forma, a sua função.

ANEMIA FALCIFORME

A anemia falciforme é uma doença genética que altera o formato normal da hemácias, células responsáveis pelo transporte de oxigênio no sangue, para uma morfologia parecida com a de uma foice (por isso o nome falciforme), o que dificulta o transporte de gases nos vasos sanguíneos. Essa doença é caracterizada como uma mutação de ponto, o que significa que a mutação ocorre apenas em um aminoácido. No caso da anemia falciforme, a mudança ocorre por uma substituição da base nitrogenada A (adenina) por T (timina), o que "transforma" o aminoácido glutamato (GAG) em guanina (GTG). Entenda um pouco mais sobre a origem e o funcionamento dessa doença em um vídeo de "TED Talk"(de Amber M. Yates) acessando o link abaixo (lembrando que este vídeo está em inglês, então não esqueça de ativar as legendas!) :

https://www.ted.com/talks/amber_m_yates_how_this_disease_changes_the_shape_of_your_cells/transcript?language=pt-br#t-274923

CURIOSIDADE 

Você sabe o que é o famoso whey protein e como ele funciona? O whey protein é um suplemento alimentar composto por proteínas retiradas do soro do leite de vaca, durante o processo de produção de queijos, que pode ser usado para diversas finalidades, como para o emagrecimento, ganho e até controle de massa muscular. Entenda a importância e o mecanismo desse produto neste vídeo do fisiologista, bioquímico e ortomolecular Dr. Moacir Rosa, acessando o link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=GB8fNM6jeSU

QUIZ

Para se certificar de que conseguiu assimilar todo o conteúdo proposto até agora, resolva a questão abaixo:


RESPOSTA: C
O segundo carbono (da direita para a esquerda) é o carbono alfa (a), onde se encontra ligado o grupo R. É exatamente este grupo que varia de um aminoácido para outro.
No carbono alfa, além do grupo R, encontra-se ligado um átomo de hidrogênio, um grupo amino (-NH2) e um grupo carboxila (-COOH).



Autoras Gabriela Herman e Mylena O. Viana
Postado dia 25 de novembro de 2019 às 22:00




sábado, 23 de novembro de 2019

Bioquimica da digestão e absorção de nutrientes - Mapa Conceitual

Mapa conceitual sobre a digestão e absorção dos nutrientes lipídeos, proteínas e carboidratos

Segue link do Mapa conceitual:

Videoaula sobre digestão 

Desde a ingestão do alimento pela cavidade oral, o processo de digestão ocorre em várias etapas onde passam pelos processos de quebra na mastigação,indo para o estomago e após para o intestino até chegar no intestino delgado onde é feita sua absorção.
  
Segue link do vídeo: https://youtu.be/hKLC16q4IbA 

QUESTÃO PARA REVISAR 

1) Assinale a ordem correta em que acontece o processo digestivo:

    1. Na boca o alimento é mastigado e há liberação de pitialina pelas glândulas salivares, onde parte das macromoléculas são quebradas. O alimento segue para o estômago e entra em contato com o suco gástrico, realizando também o processo de hidrólise e onde ocorrerá absorção parcial dos alimentos. Segue para o intestino e lá será realizada a hidrólise completa dos alimentos e ocorrerá uma maior absorção dos alimentos, sendo grande parte destinada a corrente sanguínea para ser absorvido pelo organismo.
    2. Na boca: o alimento é mastigado e há liberação de pitialina pelas glândulas salivares, onde parte das macromoléculas são quebradas. O alimento segue para o estômago e entra em contato com o suco gástrico, realizando também o processo de hidrólise e onde ocorrerá maior absorção dos alimentos. Segue para o intestino,  lá será realizada a hidrólise completa dos alimentos, sendo grande parte destinada a corrente sanguínea para ser absorvido pelo organismo.
    3. Na boca o alimento é mastigado mas ainda não ocorre a liberação de pitialina pelas glândulas salivares, por isso as macromoléculas não são quebradas. Então o alimento segue para o estomago e entra em contato com o suco gástrico, realizando o processo de hidrolise e onde ocorrerá absorção parcial dos alimentos. Segue para o intestino e lá será realizada a hidrolise completa dos alimentos e ocorrerá uma maior absorção dos alimentos, sendo grande parte destinada a corrente sanguínea para ser absorvido pelo organismo.

RESPOSTA CORRETA: letra A


  CURIOSIDADES

  • PROCESSO DE SALIVAÇÃO
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O condicionamento clássico (ou condicionamento pavloviano) é um processo que descreve a criação e a modificação de alguns comportamentos com base nos efeitos do estímulo-resposta sobre o sistema nervoso central dos seres vivos. A experiência que elucidou a existência do condicionamento clássico envolveu a salivação condicionada dos cães do fisiólogo russo Ivan Pavlov. Em um estudo sobre a ação de enzimas no estômago dos animais (onde recebeu um Prêmio Nobel), interessou-se pela salivação que surgia nos cães sem a presença da comida. A ideia de Pavlov era explicar como os reflexos condicionados eram adquiridos.

Os cães  salivam naturalmente por comida; assim, Pavlov chamou à correlação entre o estímulo incondicionado (comida) e a resposta incondicionado (salivação) de reflexo incondicionado. Mas quando um estimulo não provoca qualquer tipo de resposta, intitula-se um estimulo neutro.

A experiência de Pavlov teve como intuito associar um estimulo não condicionado (comida) com a apresentação de um estimulo neutro (som de uma campainha).

Após a repetição desta associação de estímulos verificou  que o cão aprendeu a salivar perante o estimulo que antes não provocava qualquer resposta (neutro) mesmo na ausência do estimulo incondicionado (comida).
Assim este comportamento  seria denominado de resposta condicionada  (aprendida)

Segue link do vídeo: https://youtu.be/UKBLndKUrBE

  • PORQUE ESCUTAMOS O RONCO DO NOSSO ABDÔMEN QUANDO ESTAMOS COM FOME?
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O cientista inglês Robert Hooke (1635-1703) registrou em um livro que escutar os sons internos era uma maneira de saber se o organismo estava funcionando conforme o esperado. Hooke, especialista em acústica, acreditava que os conceitos de harmonia e dissonância utilizados na música também se aplicavam à medicina e a diversas outras áreas. Para ele, o fato de um processo fisiológico ser audível significava que algo poderia estar errado, como um instrumento fora do tempo que se destaca dos demais em um concerto.
O ronco que vem do abdômen é um clássico exemplo de ruído "natural". É porque quando chega a hora de comer, o cérebro já dispara comandos relacionados à digestão. Entre eles está a peristalse, isto é, a contração involuntária dos músculos do aparelho digestivo — sua função é impulsionar a comida para o sistema digestório a partir da boca.Isso ocorre várias vezes ao dia, mas aparece de forma mais clara quando estamos com fome. É que, nesse momento, o caminho é ocupado principalmente por líquidos e bolhas de ar, sem alimentos para abafar o eco do reflexo gastrointestinal.
Curiosamente, pessoas magras são as que soltam mais grunhidos, já que a gordura do corpo funciona como isolamento acústico.




Postado por Fernanda Vargas Lima (Grupo 21: Andressa K., Dalice A. e Fernanda Vargas)



REGULAÇÃO E INTEGRAÇÃO METABÓLICA

LEPTINA, HORMÔNIO DA SACIEDADE


CURIOSIDADE: Você já parou para pensar como nos sentimos saciados após nos alimentarmos?

O equilíbrio energético de nosso corpo é regulado por moléculas de sinalização; a leptina hormônio secretado pelos adipócitos e a insulina pelas células β do pâncreas. A primeira está envolvida com a reserva de trigliceróis e a segunda com a disponibilidade de carboidratos.

A ligação de leptina ao seu receptor aumenta a sensibilidade do músculo e fígado à insulina, estimulando a β-oxidação dos ácidos graxos e diminuindo a síntese de trigliceróis.

A leptina exerce seus efeitos através da ligação aos receptores de membrana em várias partes do cérebro, em especial no núcleo arqueado do hipotálamo, constituído por neurônios que expressam peptídios estimuladores do apetite, os orexigênicos. Ela inibe esses neurônios, reduzindo o desejo de se alimentar. Logo, quanto menos desejo de ingerir alimentos, menos leptina está sendo liberada.



FONTE: www.elmedicointeractivo.com


Imagem ilustrativa da relação de ingesta e gasto energético com a liberação de leptina pelos adipócitos ao hipotálamo.




REFERÊNCIAS:

BERG, Jeremy M. et al. Bioquímica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2014. 1162 p.



Postador por: Antônio Jacó, Kethelyn Terra e Milene Ramos (2)

quinta-feira, 21 de novembro de 2019




METABOLISMO DE CARBOIDRATOS



CAROBOIDRATOS SÃO COMPOSTOS ORGÂNICOS, ELES PODEM GERAR ENERGIA, PARTICIPAR DE ADESÃO E RECONHECIMENTO CELULAR E TAMBÉM FUNÇÃO ESTRUTURAL. NESSA VÍDEO AULA TEMOS TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABR SOBRE CARBOIDRATOS!!!!


(Unifor-CE) As fibras musculares estriadas armazenam um carboidrato a partir do qual se obtém energia para a contração. Essa substância de reserva se encontra na forma de:
a)      Amido;
b)      Glicose;
c)       Maltose;
d)      Sacarose;
e)      Glicogênio.

DIETO LOW CARB: O QUE É? O QUE ACONTECE COM SEU CORPO?
Carboidratos são necessários ao corpo, já que são eles que nos fornecessem energia. Mas, como a gente aprende com a dieta low carb, que está ficando cada dia mais famosa na internet e entre a celebridades, a melhor opção é incluir no cardápio do dia a dia os carboidratos complexos, como a batata-doce e o arroz integral, com baixo índice glicêmico, que permite que a glicose seja absorvida em uma velocidade muito mais lenta. É por isso que a dieta low carb abre verdadeira guerra contra pães, biscoitos, macarrões, bolos e todos os alimentos que não agregam nada à sua saúde. Porém, dietas com consumo diário de “carbos” menor que 40% do cardápio podem trazer consequências graves para a saúde. Segundo especialistas em nutrição, na low carb o segredo do sucesso é o equilíbrio. Por isso, o prato perfeito nesse tipo de regime exige quantidades controladas de carboidratos e uma ingestão maior, mas selecionada, de gorduras e de proteínas de qualidade. Quem passa a se alimentar dessa forma, experimenta uma alteração menor da insulina, o açúcar presente no sangue, e ajuda na produção do hormônio glucagon, que permite que o organismo utilize a gordura estocada para gerar energia. Em dietas com alto índice glicêmico, por outro lado, isso não acontece, já que a insulina em excesso inibe a produção do glucagon. A dieta Low Carb pode te dar mais saciedade, ajudar na queima de gordura e pode ajudar a prevenir a diabetes.

Resultado de imagem para dieta low carb

*texto adaptado do site: areademulher.r7.com, disponível em: https://areademulher.r7.com/saude/dieta-low-carb-entenda-o-que-ela-faz-com-seu-corpo/

*resposta do quiz: letra E

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

METABOLISMO DE ÁCIDOS NUCLEICOS



METABOLISMO DE ÁCIDOS NUCLEICOS

Ácidos nucleicos são polímeros formados por nucleotídeos, que armazenam, transmitem e transcrevem a informação genética - dentre eles, o DNA e o RNA. A unidade básica da macromolécula de DNA é um polímero linear cujas subunidades – os desoxirribonucletídeos – são compostas de: uma pentose (açúcar), um ou mais fosfatos e uma base nitrogenada; esta, pode ser um adenina (A), uma guanina (G), uma citosina (C) ou uma timina (T), sendo A e G consideradas purinas/purínicas e C e T consideradas pirimídicas/pirimidínicas. Dessa forma, as subunidades podem ser indicadas como dA, dG, dC ou dT caso as bases sejam adenina, guanina, citosina ou timina, respectivamente. A estrutura do RNA é semelhante à do DNA, se diferenciando pela presença da base nitrogenada pirimídica uracila (U) - em vez de timina (T) - e do açúcar ribose - em vez de desoxirribose.






Desoxirribonucleotídeos consecutivos se ligam covalentemente por “pontes” de grupos fosfato, nas quais o grupo 5`-fosfato de uma unidade nucleotídica é ligado ao grupo 3`-hidroxila do próximo nucleotídeo, dando origem a uma ligação fosfodiéster. Todas essas ligações têm a mesma orientação ao longo da cadeia, o que atribui a cada fita do DNA uma polaridade específica. É válido indicar que, a extremidade 5` apresenta um grupo fosato, enquanto a extremidade 3` apresenta um grupo -OH.


As fitas polinucleotídicas de DNA adquirem a conformação de dupla-hélice antiparalela, seguindo um padrão de pareamento característico da complementaridade que segue as regras propostas por Watson e Crick, em que a base A de uma fita é pareada com a base T de outra, da mesma forma que a base C de uma fita é pareada com a base G de outra.

A replicação do DNA ocorre de forma semi-conservativa, ou seja, requer que desoxirribonucleotídeos livres sejam posicionados sobre uma cadeia polinucleotídica molde (“fita-molde” ) e unidos entre si, de modo a formar uma nova cadeia complementar à cadeia da molécula mãe que lhe serve de molde. As duas cadeias polinucleotídicas que formam a hélice do DNA se separam, expondo as bases que orientam o emparelhamento de nucleotídeos para que sejam formadas novas cadeia.





Mas, como passamos dessa molécula de DNA à sintese proteica? Para entender melhor esse processo, acesso o link em seguida: 





CURIOSIDADE

Atualmente, já é possível manipular geneticamente embriões! Possibilidades como esta, trazem à tona consigo múltiplas questões éticas que devem ser discutidas. O filme "Gattaca: A Experiência Genética" (1997) retrata um futuro relativamente próximos, no qual indivíduos gerados a partir de manipulação genética compõe a sociedade em questão, a fim de abordar esses conflitos éticos.


Trailer - "Gattaca: A Experiência Genética" (1997): 

QUIZ

(PUCC-SP) Os itens abaixo referem-se à estrutura, composição e função dos ácidos nucleicos.

• Estrutura: I) Dupla hélice; II) Cadeia simples.

• Composição: 1) Presença de uracila; 2) Presença de timina.

• Função: a) síntese de proteínas; b) transcrição gênica.

São características do ácido ribonucleico:

a) II – 2 – b
b) I – 1 – a
c) I – 2 – b
d) II – 1 – a
e) II – 1 – b


Resposta: alternativa D, pois o ácido ribonucleico é formado por uma cadeia única que se enrola sobre si mesma e responsável pelo controle e síntese proteica. Além disso é nele que encontrada a base uracila, não no DNA.
Postagem feita pelas alunas Mylena O. Viana e Gabriela Herman (Grupo 14) - 21/11 - 00:43

METABOLISMO DE LIPÍDEOS


LIPÍDEOS

A palavra “gordura” pode ser muito assustadora, né? Por mais que os lipídeos consumidos tantas vezes sejam vistos como grandes vilões, eles na verdade são de grande importância para os seres humanos.
Lipídeos são biomoléculas com grande variedade estrutural e solúveis em solventes apolares, ou seja, não são solúveis em água. Dentre eles, estão ácidos graxos e seus derivados, triacilgliceróis, ésteres graxos, fosfolipídeos, lipoproteínas, esfingolipídeos e isoprenóides.
Os triacilgliceróis são ésteres de glicerol que apresentam três moléculas de ácidos graxos. Os conhecidos como gorduras são sólidos em temperatura ambiente e apresentam ácidos graxos principalmente saturados, e os conhecidos como óleos são líquidos em temperatura ambiente e apresentam ácidos graxos principalmente insaturados. Eles desempenham um papel de reserva de energia metabólica, devido a algumas de suas propriedades físico-químicas, como o alto grau de redução de seus C, o que aumenta a quantidade de energia livre liberada na oxidação, e a sua alta “aversão” à água (hidrofobicidade), tornando possível que sejam estocados sem ela (estoques anidros).

BETA OXIDAÇÃO

Os triacilglicerídeos armazenados no tecido adiposo são mobilizados por meio da sua hidrólise catalisada por lipase específica, formando glicerol e ácidos graxos livres. Os ácidos graxos livres são carregados pela corrente sanguínea na forma de complexos com albumina, que é uma proteína, pois são muito insolúveis. A degradação desses ácidos graxos (AG) para produzir ATP acontece na matriz mitocondrial e se chama beta-oxidação. Nessa via catabólica, pares de C são clivados sequencialmente da cadeia do ácido graxo, sendo liberados a cada ciclo 1NADH, 1FADH2 e 1acetilCoA que irão, respectivamente, para a cadeia respiratória e para o ciclo de Krebs. Porém, para que a beta-oxidação comece é necessário o consumo de ATP, liberando o AG na forma de acilCoA. Essa etapa inicial de ativação acontece associada à membrana externa da mitocôndria e, a transferência da acilCoa para dentro da mitocôndria, é mediada pela enzima carnitina. Para entender ainda melhor como funciona o processo da beta-oxidação, dá uma conferida nesse vídeo: 




Reações de um ciclo de beta-oxidação


A oxidação completa de uma molécula de um ácido graxo com 16 C – o palmitato - a CO2 e H2O, através da beta-oxidação, ciclo de Krebs e cadeia respiratória, gera 129ATP. Este rendimento, vindo da oxidação de um ácido graxo, é medido em ATP/mol-oxidado, ou seja, muito superior ao da oxidação completa de açúcares e proteínas, já que leva à liberação de 37,6kJ/g de energia livre, enquanto a de açúcares ou proteínas libera apenas 16,7kJ/g.
Os ácidos graxos são sintetizados no citosol por uma via anabólica própria que adiciona sequencialmente a uma cadeia em crescimento unidades de 2C. Esse processo é alimentado por acetilCoA, mas só a primeira unidade de 2C entra como acetilCoA, pois as próximas entram na forma de malonilCoA. Dessa forma, o acetilCoA precisa antes ser ativado – pela enzima acetilCoA-carboxilase - a malonilCoA, por carboxilação e consumo de 1ATP, para permitir a reação de condensação, levando ao crescimento de uma unidade de 2C, por ciclo de síntese, da cadeia do ácido graxo.
É importante destacar que, por meio da glicólise, animais degradam eficientemente glicose a acetilCoA, assim possibilitando a conversão de C de açúcares em cadeias de lipídeo de reserva. Mas, esses organismos não podem fazer o caminho de volta de cadeias de ácido graxo para glicose, pois não possuem reações que tornem o acetilCoA em piruvato ou em oxalacetato.
Observa-se que os lipídios não são metabolizados por todas as células, mas sim, principalmente, em células do fígado. No fígado os ácidos graxos e o glicerol são metabolizados - o glicerol entra na via glicolítica e os ácidos graxos são convertidos em acetil-CoA. Essa molécula de acetil-CoA pode entrar no ciclo de Krebs, produzindo energia para as células do fígado, ou ser exportada para os outros tecidos na forma de corpos cetônicos que, ao atingirem outras células, são novamente transformados em acetil-CoA para serem metabolizados gerando energia. Quando o organismo está energia em excesso vinda da alimentação, ela pode ser reservada em forma de gordura sintetizada a partir da acetil-CoA nos adipócitos.


CURIOSIDADES

1) Lipídeos estão destacadamente presentes, também, no SNC (Sistema Nervoso
Central), desempenhando diversas funções. Você sabia que alterações no metabolismo de ácidos graxos em neurônios são relacionadas ao envelhecimento e ao aparecimento de doenças neurodegenerativas? 


2) Sabe-se que os lipídeos também são fontes energéticas muito importantes para a contração muscular, como triglicerídeos que circulam no plasma, os triglicerídeos intramusculares e os ácidos graxos vindos do tecido adiposo. Dependendo do exercício sendo realizado, sua duração, além de outros fatores, a contribuição das fontes varia. O link abaixo é referente a um artigo muito interessante sobre o estudo da regulação do metabolismo de lipídeos durante a realização do exercício físico.


TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS
·         
·    (UFES) Sobre a β oxidação de um ácido graxo, é INCORRETO afirmar:
A) A oxidação de ácidos graxos começa com a ativação dos ácidos graxos, que consiste na formação de uma ligação tioéster entre o ácido graxo e a Coenzima A.
B) A carnitina é importante para o transporte do ácido graxo do citosol para a matriz mitocondrial onde ocorre a β oxidação.
C) A β oxidação do ácido palmítico (16:0) produz 7 NADH + H+ e 7 FADH2, os quais, na cadeia respiratória, produzem 28 moléculas de ATP.
D) A β oxidação ocorre por ciclos, com a liberação de acetil-CoA, e cada ciclo possui quatro passos básicos (desidrogenação, hidratação, redução e tiolise).
E) A β oxidação do ácido palmítico (16:0) consiste de 7 ciclos e produz 8 moléculas de acetil-CoA. 

Resposta: alternativa D, pois os passos da beta-oxidação, sequencialmente, são: desidrogenação/oxidação, hidratação, desedrogenação/oxidação e e tiolise.



Postagem feita pelas alunas Mylena O. Viana e Gabriela Herman (Grupo 14) - 20/11 - 23:59