A QUÍMICA DA VIDA

O texto a seguir foi retirado do início da parte 1 do livro de Bioquímica, do Voet. Trata de uma alusão perfeita ao significado da Bioquímic...

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS

AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS

Com certeza você já ouviu falar de aminoácidos e proteínas durante a sua vida, mas será que você realmente sabe que funções essas moléculas desempenham no organismo? Neste post iremos abordar as funções, estruturas, importância e até aplicação destas moléculas, para que ao final desta publicação já não restem dúvidas. Para isso, vamos primeiro definir os conceitos do que essas substâncias são.

OS AMINOÁCIDOS

Aminoácidos são as unidades monoméricas de proteínas, o que em outras palavras significa que várias junções de aminoácidos acabarão formando uma proteína. Essa molécula é caracterizada por possuir uma estrutura básica em que o carbono central, liga-se em suas duas extremidades a dois grupos funcionais: um amino (NH2) e um carboxílico (COOH), por isso o nome aminoácido. Além disso, a cadeia de diferentes aminoácidos irá se diferenciar pelo seu radical, sendo que esta diferença é o que determina a função desta importante molécula. Ainda sobre o radical, a sua presença vai determinar se os aminoácidos são polares ou apolares. Posteriormente os aminoácidos irão se unir para formar uma proteína, através das ligações peptídicas, reações covalentes entre o grupo carboxílico de um aminoácido com o grupo amino de outro. O organismo humano possui 20 aminoácidos comumente encontrado nas proteínas, subdivididos em essenciais (derivados da alimentação; são 9) e não essenciais (presentes no organismo; são 11). Segue tabela abaixo com a estrutura dos 20 aminoácidos:
                                                                                              foto retirada do site https://www.infoescola.com/bioquimica/os-20-aminoacidos-essenciais-ao-organismo/





















AS PROTEÍNAS

Como já vimos anteriormente, as proteínas são polímeros de aminoácidos, ou seja, são formadas a partir de várias junções de aminoácidos. Mas o que essas biomoléculas têm de tão importante? Continue lendo para ficar a par de tudo! Por serem muito diversificadas, as proteínas desempenham muito mais do que uma simples função, dessa maneira, elas podem ser classificadas da seguinte forma:
1) Enzimas: quando a sua função é catalisar reações químicas, ou seja, aumentar a velocidade da reação sem que participem como reagentes. Publicamos um post só sobre enzimas, corre lá pra conferir!
2) Hormônios: quando a sua função é controlar processos fisiológicos, como o crescimento, através de uma sinalização química que poderá inibir ou induzir o processo. Esses hormônios são liberados por células endócrinas, ou seja, o conteúdo da célula é liberado na corrente sanguínea. Como os hormônios podem ser provenientes de lipídeos, os que possuem natureza proteica são denominados hormônios peptídicos.
3) Transporte: o nome já fala por si só - uma proteína é classificada como transportadora quando sua função é conduzir alguma molécula no sangue e/ou linfa.
4) Estrutural: quando a sua função é participar estruturalmente de uma célula, como na composição do citoesqueleto.
5) Defesa: quando a sua função é de atuar no sistema imune, protegendo o organismo de corpos estranhos potencialmente patogênicos, como é o caso dos anticorpos.

Não é à toa que as proteínas são as moléculas orgânicas mais abundantes no organismo. Mas como uma única biomolécula pode desempenhar funções tão específicas? Como ela sabe que o papel dela é hormonal e não de transporte, por exemplo? A resposta é bem simples: através da sua estrutura molecular. A estrutura de uma proteína é essencial para determinar a sua forma e, consequentemente, sua função. Sabendo que essas biomoléculas podem ter sua forma modificada por mudanças drásticas no pH e na temperatura, é importante manter o meio em condições favoráveis para que não ocorra o processo de desnaturação, que acontece quando uma proteína tem sua estrutura danificada por mudanças no meio em que atua, perdendo, dessa forma, a sua função.

ANEMIA FALCIFORME

A anemia falciforme é uma doença genética que altera o formato normal da hemácias, células responsáveis pelo transporte de oxigênio no sangue, para uma morfologia parecida com a de uma foice (por isso o nome falciforme), o que dificulta o transporte de gases nos vasos sanguíneos. Essa doença é caracterizada como uma mutação de ponto, o que significa que a mutação ocorre apenas em um aminoácido. No caso da anemia falciforme, a mudança ocorre por uma substituição da base nitrogenada A (adenina) por T (timina), o que "transforma" o aminoácido glutamato (GAG) em guanina (GTG). Entenda um pouco mais sobre a origem e o funcionamento dessa doença em um vídeo de "TED Talk"(de Amber M. Yates) acessando o link abaixo (lembrando que este vídeo está em inglês, então não esqueça de ativar as legendas!) :

https://www.ted.com/talks/amber_m_yates_how_this_disease_changes_the_shape_of_your_cells/transcript?language=pt-br#t-274923

CURIOSIDADE 

Você sabe o que é o famoso whey protein e como ele funciona? O whey protein é um suplemento alimentar composto por proteínas retiradas do soro do leite de vaca, durante o processo de produção de queijos, que pode ser usado para diversas finalidades, como para o emagrecimento, ganho e até controle de massa muscular. Entenda a importância e o mecanismo desse produto neste vídeo do fisiologista, bioquímico e ortomolecular Dr. Moacir Rosa, acessando o link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=GB8fNM6jeSU

QUIZ

Para se certificar de que conseguiu assimilar todo o conteúdo proposto até agora, resolva a questão abaixo:


RESPOSTA: C
O segundo carbono (da direita para a esquerda) é o carbono alfa (a), onde se encontra ligado o grupo R. É exatamente este grupo que varia de um aminoácido para outro.
No carbono alfa, além do grupo R, encontra-se ligado um átomo de hidrogênio, um grupo amino (-NH2) e um grupo carboxila (-COOH).



Autoras Gabriela Herman e Mylena O. Viana
Postado dia 25 de novembro de 2019 às 22:00




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