A QUÍMICA DA VIDA

O texto a seguir foi retirado do início da parte 1 do livro de Bioquímica, do Voet. Trata de uma alusão perfeita ao significado da Bioquímic...

domingo, 1 de dezembro de 2019

Metabolismo muscular

Energia para o trabalho muscular

Como sabemos necessitamos do ATP para termos energia para a maioria das funções celulares, mas o que não sabemos é que o ATP presente nos músculos estriados só é suficiente para gerar energia durante 1-2 segundos na atividade muscular intensa. A fosfocreatina constitui uma reserva adicional de energia em concentrações 5-10 vezes maiores que a de ATP, sua síntese ocorre nos períodos de repouso, por fosforilação da creatina à custa de ATP.
No momento da atividade muscular, essa reação vai no sentido da formação de ATP. De forma lenta e espontânea, a fosfocreatina é convertida em creatina, sendo secretada na urina.
O uso de ATP e fosfocreatina no trabalho muscular constitui de processos anaeróbicos, sustentando esforços de pouca duração. A continuidade do trabalho muscular exige fontes de energias diferentes destas.
 O suprimento imediato vem da degradação do glicogênio muscular, estimulada pela liberação de Ca++. inicialmente a degradação do glicogênio é anaeróbica também, já que a reserva muscular de oxigênio é pequena e a oferta de oxigênio pela circulação aumenta de forma imediata e proporcional à demanda muscular. A degradação anaeróbica de glicose originada do glicogênio, que leva á produção de lactato, atinge seu máximo 40-50 segundos depois do inicio do esforço muscular. A medida que o sistemas respiratório e circulatório são ativados, a contribuição da glicólise anaeróbica para o fornecimento de energia para contração vai sendo substituída pela aeróbica, completa, da glicólise. Ao mesmo tempo, a circulação de ácidos graxos assume importância crescente, à medida que a reserva de glicogênio diminui e se esgota. Após 2-3 horas de exercício, todo  trabalho muscular é feito pelo ATP oriundo de ácidos graxos.

Recomendamos que você assista a um vídeo de Fernando Mafra, do canal EscolaCVI, que esmiúça mais esse uso de substratos energéticos para o trabalho muscular: Energética da contração muscular

Com o devido estudo do metabolismo energético aplicado a atividade muscular, vamos resolver duas questões sobre o assunto:

1) (Fatec) Se as células musculares podem obter energia por meio da respiração aeróbica ou da fermentação, quando um atleta desmaia após uma corrida de 1000 m, por falta de oxigenação adequada de seu cérebro, o gás oxigênio que chega aos músculos também não é suficiente para suprir as necessidades respiratórias das fibras musculares, que passam a acumular: (C)
a) glicose.
b) ácido acético.
c) ácido lático.
d) gás carbônico.
e) álcool etílico.
2) (UFPA) O processo de respiração celular é responsável pelo(a): (E)
a) consumo de dióxido de carbono e liberação de oxigênio para as células.
b) síntese de moléculas orgânicas ricas em energia.
c) redução de moléculas de dióxido de carbono em glicose.
d) incorporação de moléculas de glicose e oxidação de dióxido de carbono.
e) liberação de energia para as funções vitais celulares.

Curiosidade

A contração involuntária e dolorosa é denominada cãibra. E essa pode ser causada por diversas disfunções do metabolismo celular, tanto durante atividade física intensa quanto no repouso. Dentre as causas da cãibra podemos destacar teorias como a da desidratação pois a água é muito importante para o metabolismo como um todo e no músculo não é diferente. Além disso tem-se uma das causas como a falta de moléculas importantíssimas para a contração muscular como o Cálcio pois ele despolariza e libera o sítio de libação da miosina com a actina e o potássio com a participação na bomba de sódio-potássio. Isso foi as informações de grande validade para nosso aprendizado apresentado no vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Pwxo_G1sUuc

Autores: Dariel Matheus e Gustavo Raab (Grupo 17)


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