RESENHA SOBRE: Os efeitos bioquímicos dos esteroides usados como suplemento
Grupo 19, Caroline Bellani e Maria Eduarda Cubis.
Esteroides anabolizantes são derivados sintéticos do hormônio
testosterona que auxiliam no aumento da
musculatura, na perda de gordura e melhora do desempenho físico. Assim essa
droga passou a ser muito utilizada em academias como suplemento, uma pratica
arriscada do ponto de vista biológico, uma vez que será em grande parte
prejudicial. Além disso, existe grande alteração das variáveis bioquímicas. Os
efeitos hepatotóxicos incluem colestase (condição na qual a bile não pode fluir do
fígado ao duodeno), peliose hepática, hiperplasia nodular regenerativa,
neoplasia hepática e sangramento de varizes secundárias à hipertensão portal. A
intensidade dos resultados nocivos depende das características da exposição e
da suscetibilidade do usuário. A toxicidade desses produtos é observada principalmente
sobre os sistemas cardiovascular, hepático e neuroendócrino.
Após a ingestão o anabolizante sofrerá alterações para que seja
absorvido pelas células, dentro delas se ligará a um receptor androgênico para ser transportado a uma região no núcleo,
dependendo da estimulação dos receptores pode alterar o funcionamento de alguns
genes, fazendo as células produzirem proteínas. Esse mecanismo é compreendido
como a forma direta de metabolização dos esteroides. Diferentemente a maneira
indireta ocorre pela interação com fatores tróficos ou receptores de
glicocorticoides que inibem a degradação de proteínas. Independente do meio
como se apresenta, o objetivo final é aumentar a quantidade proteica citosólica,
afetando o ritmo de ativação de seu sistema enzimático. A associação do uso de
anabolizantes com a atividade física faz com que a célula aumente a produção de
receptores androgênicos no músculo.
Alguns efeitos proveitosos já foram encontrados com o
uso dos anabolizantes, porem são passageiros e pouco relevantes comparados aos
problemas que pode-se ter. As
miofibrilas aumentam em quantidade e volume devido ao edema ou pelo conteúdo
sarcoplasmático que se acumula, dando a impressão de ganho de força muscular.
Seguindo essa linha de raciocínio as mitocôndrias também são afetadas,
multiplicando-se e desta forma elevando a capacidade de respiração celular.
Foram estudados ainda o maior teor de nitrogênio no organismo e a quantidade
elevada de cortisona no sangue que de forma geral podem ser benéficos.
Dentre os efeitos mais graves da utilização
indiscriminada desse hormônio está a arteriosclerose que é a degeneração de
artérias devido à destruição das fibras musculares lisas e das fibras elásticas
que a constituem, levando a um endurecimento da parede arterial, geralmente
resultado de hipertensão (outro efeito colateral dos esteroides). Com a
ingestão dos anabolizantes, não existe mais necessidade de segregação da
quantidade normal de testosterona, assim os hormônios estimulante das células
intersticiais (ICSH) e o folículo estimulante ficam reduzidos quando existe
quantidade suficiente de testosterona. Como resultado, o testículo se atrofia e
ocorre a diminuição na contagem de espermatozoides. Entre as consequências
ainda está a ginecomastia é o desenvolvimento de tecido mamário no homem que
pode vir acompanhado de sensibilidade ao toque (pode voltar ao normal quando
interrompido o uso). Um estudos científico, utilizando voluntários que faziam
uso abusivo dessas drogas, comprovou a diferença bioquímica no organismo desses
indivíduos quando comparados a um grupo controle, através da avaliação de
plaquetas, eritrócitos, hemoglobina e enzimas hepáticas. Quanto aos hormônios
testosterona e estradiol houve um aumento significativo na circulação livre encontrada
nas amostras, assim como das enzimas hepáticas creatina quinase, aldolase,
transamina glutamil peroxidase e transamina glutamil oxidase, apresentou ainda
significativa alteração da concentração hormonal do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal.
Quantitativamente as plaquetas também tiver expressivo aumento. O HDL foi o
único componente estudado que teve diminuição comparando ao grupo que não fazia
uso.
REFERENCIAS:
ABRAHIN, ODILON SALIM COSTA; SOUSA, EVITOM CORRÊA DE. Esteroides
anabolizantes androgênicos e seus efeitos colaterais: uma revisão
crítico-científica. Revista da Educação
Física / UEM. Vol.24 no.4 Maringá Oct./Dec. 2013.
DUTRA, BRÍGIDA SOUZA CÕRTES; et al. Esteroides
anabolizantes: uma abordagem teórica. Revista
Científicada Faculdade de Educação e Meio Ambiente. Jul-dez, 2012.
FARIA, PÃMELA POUOUBEL; et al. Avaliação de parâmetros
físicos e biológicos de ratos wistar após administração de decanoato de
nadrolona. Acta Biomédica Brasiliensia.
Volume 3, nº 2, Dezembro de 2012.
VENÃNCIO, DANIEL PAULINO; et al. Avaliação descritiva
sobre o uso de esteroides anabolizantes e seu efeito sobre as variáveis
bioquímicas e neuroendócrinas em indivíduos que praticam exercício resistido. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol.16
no.3 Niterói May/June 2010.
Uma forma interessante de ligar os esteróides a bioquímica é quanto a função anabolica, ja que os mesmos aumentam significativamente essa função. Mas você sabe o que é o anabolismo? É o processo de construção de complexos orgânicos; uma sucessão de reações químicas que constroem ou sintetizam moléculas provenientes de compostos menores; é necessário energia para que isso ocorra.O corpo humano, para crescer e se manter, precisa recorrer a nutrientes do meio externo. Esses nutrientes são quebrados para prover energia que as células utilizam para continuar suas reações químicas no organismo. Os produtos da quebra desses nutrientes são pequenas moléculas que as células podem utilizar para construir blocos de moléculas maiores – literalmente formando um novo material a partir dos produtos desses nutrientes.
A função do anabolismo é, de forma simplificada, construir moléculas estruturais e funcionais. O processo anabólico utiliza monômeros para construir polímeros; um polímero é um grande complexo molecular feito de muitas moléculas menores semelhantes umas às outras, os monômeros. Para construir novas proteínas (moléculas grandes e complexas; polímeros), células precisam de aminoácidos (moléculas simples; monômeros), os quais compõem as proteínas. As células obtêm esses aminoácidos absorvendo-os da corrente sanguínea e esse é considerado um processo anabólico; a construção de proteínas a partir de moléculas menores, os aminoácidos.
Bom, agora que você aprendeu um pouco sobre o anabolismo, entenda o efeito dos esteroides nesse processo por meio do artigo abaixo!
A função do anabolismo é, de forma simplificada, construir moléculas estruturais e funcionais. O processo anabólico utiliza monômeros para construir polímeros; um polímero é um grande complexo molecular feito de muitas moléculas menores semelhantes umas às outras, os monômeros. Para construir novas proteínas (moléculas grandes e complexas; polímeros), células precisam de aminoácidos (moléculas simples; monômeros), os quais compõem as proteínas. As células obtêm esses aminoácidos absorvendo-os da corrente sanguínea e esse é considerado um processo anabólico; a construção de proteínas a partir de moléculas menores, os aminoácidos.
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