A QUÍMICA DA VIDA

O texto a seguir foi retirado do início da parte 1 do livro de Bioquímica, do Voet. Trata de uma alusão perfeita ao significado da Bioquímic...

domingo, 1 de dezembro de 2019

Efeitos bioquímicos dos esteroides usados como suplemento


RESENHA SOBRE: Os efeitos bioquímicos dos esteroides usados como suplemento
Grupo 19, Caroline Bellani e Maria Eduarda Cubis.
Esteroides anabolizantes são derivados sintéticos do hormônio testosterona que auxiliam no aumento da musculatura, na perda de gordura e melhora do desempenho físico. Assim essa droga passou a ser muito utilizada em academias como suplemento, uma pratica arriscada do ponto de vista biológico, uma vez que será em grande parte prejudicial. Além disso, existe grande alteração das variáveis bioquímicas. Os efeitos hepatotóxicos incluem colestase (condição na qual a bile não pode fluir do fígado ao duodeno), peliose hepática, hiperplasia nodular regenerativa, neoplasia hepática e sangramento de varizes secundárias à hipertensão portal. A intensidade dos resultados nocivos depende das características da exposição e da suscetibilidade do usuário. A toxicidade desses produtos é observada principalmente sobre os sistemas cardiovascular, hepático e neuroendócrino.
Após a ingestão o anabolizante sofrerá alterações para que seja absorvido pelas células, dentro delas se ligará a um receptor androgênico para ser transportado a uma região no núcleo, dependendo da estimulação dos receptores pode alterar o funcionamento de alguns genes, fazendo as células produzirem proteínas. Esse mecanismo é compreendido como a forma direta de metabolização dos esteroides. Diferentemente a maneira indireta ocorre pela interação com fatores tróficos ou receptores de glicocorticoides que inibem a degradação de proteínas. Independente do meio como se apresenta, o objetivo final é aumentar a quantidade proteica citosólica, afetando o ritmo de ativação de seu sistema enzimático. A associação do uso de anabolizantes com a atividade física faz com que a célula aumente a produção de receptores androgênicos no músculo.
Alguns efeitos proveitosos já foram encontrados com o uso dos anabolizantes, porem são passageiros e pouco relevantes comparados aos problemas que pode-se ter.  As miofibrilas aumentam em quantidade e volume devido ao edema ou pelo conteúdo sarcoplasmático que se acumula, dando a impressão de ganho de força muscular. Seguindo essa linha de raciocínio as mitocôndrias também são afetadas, multiplicando-se e desta forma elevando a capacidade de respiração celular. Foram estudados ainda o maior teor de nitrogênio no organismo e a quantidade elevada de cortisona no sangue que de forma geral podem ser benéficos.
Dentre os efeitos mais graves da utilização indiscriminada desse hormônio está a arteriosclerose que é a degeneração de artérias devido à destruição das fibras musculares lisas e das fibras elásticas que a constituem, levando a um endurecimento da parede arterial, geralmente resultado de hipertensão (outro efeito colateral dos esteroides). Com a ingestão dos anabolizantes, não existe mais necessidade de segregação da quantidade normal de testosterona, assim os hormônios estimulante das células intersticiais (ICSH) e o folículo estimulante ficam reduzidos quando existe quantidade suficiente de testosterona. Como resultado, o testículo se atrofia e ocorre a diminuição na contagem de espermatozoides. Entre as consequências ainda está a ginecomastia é o desenvolvimento de tecido mamário no homem que pode vir acompanhado de sensibilidade ao toque (pode voltar ao normal quando interrompido o uso). Um estudos científico, utilizando voluntários que faziam uso abusivo dessas drogas, comprovou a diferença bioquímica no organismo desses indivíduos quando comparados a um grupo controle, através da avaliação de plaquetas, eritrócitos, hemoglobina e enzimas hepáticas. Quanto aos hormônios testosterona e estradiol houve um aumento significativo na circulação livre encontrada nas amostras, assim como das enzimas hepáticas creatina quinase, aldolase, transamina glutamil peroxidase e transamina glutamil oxidase, apresentou ainda significativa alteração da concentração hormonal do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal. Quantitativamente as plaquetas também tiver expressivo aumento. O HDL foi o único componente estudado que teve diminuição comparando ao grupo que não fazia uso.



REFERENCIAS:
ABRAHIN, ODILON SALIM COSTA; SOUSA, EVITOM CORRÊA DE. Esteroides anabolizantes androgênicos e seus efeitos colaterais: uma revisão crítico-científica. Revista da Educação Física / UEM. Vol.24 no.4 Maringá Oct./Dec. 2013.
DUTRA, BRÍGIDA SOUZA CÕRTES; et al. Esteroides anabolizantes: uma abordagem teórica. Revista Científicada Faculdade de Educação e Meio Ambiente. Jul-dez, 2012.
FARIA, PÃMELA POUOUBEL; et al. Avaliação de parâmetros físicos e biológicos de ratos wistar após administração de decanoato de nadrolona. Acta Biomédica Brasiliensia. Volume 3, nº 2, Dezembro de 2012.
VENÃNCIO, DANIEL PAULINO; et al. Avaliação descritiva sobre o uso de esteroides anabolizantes e seu efeito sobre as variáveis bioquímicas e neuroendócrinas em indivíduos que praticam exercício resistido. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol.16 no.3 Niterói May/June 2010.



Uma forma interessante de ligar os esteróides a bioquímica é quanto a função anabolica, ja que os mesmos aumentam significativamente essa função. Mas você sabe o que é o anabolismo? É o processo de construção de complexos orgânicos; uma sucessão de reações químicas que constroem ou sintetizam moléculas provenientes de compostos menores; é necessário energia para que isso ocorra.O corpo humano, para crescer e se manter, precisa recorrer a nutrientes do meio externo. Esses nutrientes são quebrados para prover energia que as células utilizam para continuar suas reações químicas no organismo. Os produtos da quebra desses nutrientes são pequenas moléculas que as células podem utilizar para construir blocos de moléculas maiores – literalmente formando um novo material a partir dos produtos desses nutrientes.
A função do anabolismo é, de forma simplificada, construir moléculas estruturais e funcionais. O processo anabólico utiliza monômeros para construir polímeros; um polímero é um grande complexo molecular feito de muitas moléculas menores semelhantes umas às outras, os monômeros. Para construir novas proteínas (moléculas grandes e complexas; polímeros), células precisam de aminoácidos (moléculas simples; monômeros), os quais compõem as proteínas. As células obtêm esses aminoácidos absorvendo-os da corrente sanguínea e esse é considerado um processo anabólico; a construção de proteínas a partir de moléculas menores, os aminoácidos.

Bom, agora que você aprendeu um pouco sobre o anabolismo, entenda o efeito dos esteroides nesse processo por meio do artigo abaixo!


ABRAHIN, ODILON SALIM COSTA; SOUSA, EVITOM CORRÊA DE. Esteroides anabolizantes androgênicos e seus efeitos colaterais: uma revisão crítico-científica. Revista da Educação Física / UEM. Vol.24 no.4 Maringá Oct./Dec. 2013.
https://web.whatsapp.com/#

mapa mentahttps://mm.tt/1377856133?t=CjWlCp1oDQ


Nenhum comentário:

Postar um comentário