A QUÍMICA DA VIDA

O texto a seguir foi retirado do início da parte 1 do livro de Bioquímica, do Voet. Trata de uma alusão perfeita ao significado da Bioquímic...

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Regulação e integração do metabolismo


A integração metabólica e sua regulação é um estudo complexo, pois dele faz parte  a  harmonia  do  funcionamento  do  organismo  como  um  todo. Metabolismo  configura-se  como  um  conjunto  de  interações  celulares.

extremamente  ordenadas  e  estruturadas,  em  que  vários  complexos  enzimáticos catalisam  diversas  reações  químicas,  a  fim  de  degradar  ou  sintetizar  macromoléculas  necessárias  à  vida.  Em  geral,são  organizadas  em  sequências  de múltiplos  passos,denominadas  vias.Essas  vias  podem  ser  classificadas  como catabólicas (de degradação) ou anabólicas (de síntese)(NELSON, 2014).

As reações catabólicas dissipam carga energética, e porção dessa carga é mantida na condição de ATP e de carregador de elétrons reduzidos, como  NADH, FADH2 e NADPH; o remanescente desaparece na forma de calor. Ao  contrário,  o  anabolismo  (biossíntese),  a  partir  de  agentes  simples  e menores, produz partículas grandes e complexas, entre elas polissacarídeos, ácidos nucléicos,  lipídeos  e  proteínas.  Esse  tipo  de  transformação  depende  de  energia, proveniente,  normalmente,  de  quando  o  grupo  fosforil  do  ATP  é  transferido  e  da potência  redutora  de  NADH,  NADPH  e  FADH 2.


Portanto, as diferentes  vias  metabólicas  associam-se  entre  si  de  maneira complexa,  para  que  se  atinja  uma  regulação  equilibrada  e  harmoniosa.  Essa associação  abrange  as  atividades  enzimáticas  de  todas  as  vias,  o  conjunto metabólico particular de cada órgão e o controle dos hormônios.













O Bradypus variegatus (bixo preguiça) não tem culpa pelos seus movimentos, respiração e digestão vagarosos. O responsável é o seu baixíssimo metabolismo, aproximadamente 70% inferior ao de outros mamíferos com peso e tamanho parecidos. Mas a “preguiça” da preguiça está longe de ser um problema: sua aparente falta de pressa faz parte de um mecanismo de sobrevivência muito bem adaptado à vida na mata. O bicho é capaz de ficar tanto tempo agarrado a um tronco, alimentando-se de folhas e protegido por uma camuflagem natural, que passa despercebido para a maioria dos predadores .


 No exercício:

Preguiças fazem apenas 10% do “exercício” que animais do mesmo porte realizam, levam 30 dias para digerir uma folha e sua temperatura flutua de acordo com a do ambiente. Tudo para poupar energia;




1) Qual é a fonte de energia mais abundante na inanição?

(a) Glicogênio hepático – no período de inanição não tem mais glicogênio hepático
(b) Glicogênio muscular – glicogênio muscular não atende o fígado, pois não tem enzima para para liberar a glicose livre
(c) Triglicerídeos do tecido adiposo
(d) Triglicerídeos do fígado – não são produzidos na inanição, só vão ser utilizados no período pós prandial, apenas quando tem excesso

2) Um dos mais importantes hormônios que coordenam a utilização de combustíveis pelos tecidos, com efeito exclusivamente anabólico, é:

(a) Hormônio Paratireoidiano – hormônio catabólico: ativação da vitamina D. É secretado pelas glândulas paratireoides atua regulando a concentração entre cálcio e fósforo no sangue.
(b) Insulina: a insulina que faz a regulação da síntese dos combustíveis no período anabólico, pós prandial. Estimulando a síntese de glicogênio muscular e hepático e de proteínas. 
(c) Glucagon – hormônio catabólico: Glucagon tem efeito catabólico, estimulando a degradação do glicogênio hepático e muscular para produzir glicose, estimula gliconeogenese e a mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo para poupar glicose. 
(d) Epinefrina – hormônio catabólico: A epinefrina assim com o o Glucagon está presente apenas no período catabólico reforçando a mobilização de combustíveis e inibindo o armazenamento, contrário da insulina que estimula o armazenamento. 
(e) cortisol – hormônio catabólico: Quando os níveis de glicose estão baixos o cortisol inibe o consumo de glicose pelos músculos e estimula a degradação de outros compostos para produzir glicose (gliconeogênese), provocando aumento da glicose sanguínea. 

Respostas:

1) "C" Pois com a falta de glicose, o tecido adiposo fornecerá triglicerídeos que serão degradados em ácidos graxos e gliceróis, estes por sua vez serão convertidos em corpos cetônicos e glicose, respectivamente.  Como os níveis de glucagon aumentam, os triglicerídeos armazenados no tecido adiposo são mobilizados.

2) "B" A insulina é o único hormônio de síntese dos listados acima.  Regulador chave do metabolismo, promove a entrada de glicose no musculo e tecido adiposo. Estimula a síntese de glicogênio no musculo e fígado e suprime a gliconeogênese no fígado. Acelera a glicólise no fígado para produção de Acetil-CoA e ácidos graxos. Estimula a estocagem de triglicerídeos. Estimula a síntese de proteínas e inibe a degradação intracelular de proteínas.

Referencias usadas nesse post:

NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.  


Autor: André Bomfim (Grupo 4)

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