A QUÍMICA DA VIDA

O texto a seguir foi retirado do início da parte 1 do livro de Bioquímica, do Voet. Trata de uma alusão perfeita ao significado da Bioquímic...

domingo, 1 de dezembro de 2019


Replicação de DNA

O DNA existente nas células possui dois possíveis caminhos: ou passa por transcrição e tradução para se tornar uma proteína ou passa pelo processo de replicação/duplicação, no qual duplica-se toda a informação genética de uma célula criando dois DNAs a partir de um, na fase S da divisão celular. É sobre esse segundo processo que vamos nos aprofundar nesse post.
            A molécula de DNA possui duas fitas que, se esticadas, podem alcançar até dois metros de comprimento. Para que todo esse material possa ser duplicado, são formados diversos pontos em que a duplicação do material irá acontecer sempre no sentido 5’    3’, chamados de bolhas de replicação. Em cada bolha, o material será duplicado e, ao decorrer do processo, as bolhas encontram-se onde antes era sua extremidade- chamada forquilha de replicação, formando uma nova fita de DNA. Logo, no final do processo, são encontradas duas moléculas de DNA, ambas as novas moléculas são formadas por uma fita antiga e uma fita nova, por tal razão afirma-se que o processo de replicação é semiconservativo.
            Para que todo o processo ocorra, é necessário seguir uma ordem específica. Primeiramente acontece a abertura das hélices do DNA, como se fosse um zíper. Acontecimento este proporcionado pela enzima helicase, responsável por quebrar as pontes de hidrogênio que mantinham as hélices unidas. Quando uma molécula apresenta mais timinas e adeninas, esse processo é facilitado por conta das ligações duplas feitas entre elas, em comparação às ligações triplas feitas entre citosina e guanina.
            À medida que a enzima helicase abre as fitas de DNA, vão sendo encaixadas no primer do DNA (local onde a duplicação é iniciada) a enzima chamada DNA polimerase. Tal enzima é responsável por construir um novo polímero de DNA (o que explica a origem do nome polimerase), lembrando que a construção da fita ocorre sempre no sentido 5’    3’. As fitas anteriormente unidas, porém, correm em sentidos opostos, como uma rua de via mão dupla. Para tanto, foi necessário criar um mecanismo para que as duas fitas pudessem ser duplicadas respeitando o sentido da construção da DNA polimerase.
            Dessa forma, a célula criou um mecanismo para que as duas fitas fossem replicadas sem problemas. Tal mecanismo desenvolve-se da seguinte maneira: a enzima helicase quebra as pontes de hidrogênio e, em uma das fitas ocorrerá a ligação da DNA polimerase que irá construir de maneira continua a nova fita. Na outra fita, entretanto, a helicase vai abrir uma parte da hélice, a DNA polimerase se ligará na extremidade próxima da helicase e irá construir fragmentos da nova fita, conhecidos como fragmentos de Okazaki. A união desses fragmentos ocorre por meio da enzima ligase, que irá junta-los formando o novo polímero até o códon stop da fita, onde a replicação é terminada. Dessa forma, tem-se quatro fitas de DNA, que formarão duas moléculas compostas por uma fita nova e uma fita original cada uma. 





Para entender melhor o assunto os slides a seguir estão mais ilustrativos














Agora para nos aprofundarmos um pouco melhor no assunto o artigo em seguida traz o estudo da replicação do DNA e mais especificamente como se dão os passos do processo, principalmente a etapa terminal da duplicação da fita. Abordando como acontece na bactéria Escherichia coli e no vírus simian 40, além de focar nos recentes estudos sobre a terminação da replicação em eucariotas e também as ligases de ubiquitina E3 que atuam na regulação da desmontagem repetitiva em eucariontes e leveduras e como o seu controle é importante para evitar instabilidade do genoma


Por Alyssa Elias e Kelly de Paula Menezes
Grupo 03

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